VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DA INVENÇÃO DA FOTOCOPIADORA?

Tudo começou com uma grande ideia na cabeça e nenhum dinheiro no bolso

A invenção da fotocopiadora é uma daquelas saborosas e inacreditáveis histórias de empreendedores obcecados e sem recursos que fizeram um império surgir do nada. O nome dele era Chester Carlson, um jovem físico americano cheio de dívidas, que trabalhava na seção de patentes da empresa de produtos eletrônicos P.R. Mallory and Company. A função dele era providenciar as cópias de especificações das patentes e a demanda nunca era completamente atendida porque o processo era caro e demorado.
Carlson vivia em Nova Iorque e, nos anos 30, as cópias eram feitas em papel-carbono ou produzidas por empresas especializadas em fotografar o original. Mas fazer um retrato não era simples como estamos acostumados hoje em dia. O documento era enviado para a firma, que armava aquelas máquinas de fotografar gigantescas, e depois ia para a revelação, e só então voltava para o cliente, dias depois, muitas vezes com qualidade ruim. Resumindo: o caos.

ENTRANDO NO ARMÁRIO

Foi então que nosso brilhante Carlson começou a usar todo o seu tempo livre para descobrir um método mais simples. Ele passou a estudar a fotocondutividade. Fez pesquisas durantes três anos e testava as ideias em seu apartamento de apenas um cômodo, onde havia instalado um “laboratório” dentro do único armário. Em 1937, conseguiu patentear um processo que batizou de eletrofotografia, mas ainda precisava construir uma máquina para provar que a teoria fazia sentido.
Juntou todas as economias, fez mais dívidas, comprou resinas, produtos químicos, placas de metal, diversos equipamentos, contratou um assistente e alugou um quarto no subúrbio. Quem o visse de longe, diria que era um maluco. Um candidato a Napoleão Bonaparte de hospício. Mas ele provaria que estava certo. Em 22 de outubro de 1938, o processo inventado por Carlson produziu a primeira cópia, a palavra “Astoria”.

O MERCADO NÃO ENTENDEU

Mas a saga da invenção da fotocopiadora ainda não havia acabado. Nos próximos seis anos, o físico visitou 20 investidores atrás de recursos para transformar a invenção num produto comercial e montar uma indústria para fabricá-la em grande escala. Ouviu de todos a mesma resposta: não! A maré de azar começou a se dissipar numa palestra em Ohio, quando ele conseguiu convencer o Instituto Memorial Battelle a encampar o projeto, em troca de 60% dos lucros com as vendas.
E aí apareceu uma pequena companhia chamada Ha-loid, que negociou com o instituto os direitos comerciais da xerográfica, e colocou a primeira máquina no mercado em 1949. A Ha-loid passou a se chamar XEROX. Essa você conhece, né?

O SUCESSO, FINALMENTE!

O genial, obstinado e persistente Chester Carlson recebeu royalties até seu último dia de vida, em 1968. Nem precisamos dizer que ele morreu milionário, certo? E a XEROX, hoje, em 2017, está presente em 160 países em vale 11 bilhões de dólares.
E tudo isso, todo o processo de invenção da fotocopiadora, começou com um laboratório mequetrefe, dentro de um armário, num apartamento de um único cômodo em Nova Iorque…